No Natal preocupa-se com a sua alimentação?

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007




Agradecemos a todos os que nos visitaram e colaboraram connosco.
Desejos de um Feliz Natal e um próspero Ano Novo!

"Uma mesa com rabanadas, filhós... pode não ser um cenário proibido!"

Uma mesa com azevias, rabanadas, filhós e bolo-rei pode não ser afinal um cenário proibido para quem se preocupa com a saúde e quer ao mesmo tempo deliciar-se com as iguarias natalícias. “Os abusos natalícios são tolerados desde que acompanhados de “boas” caminhadas durante 1 hora.” “Tradicionalmente só haviam iguarias no dia de Natal, mas actualmente os excessos culinários estendem-se pelas "festas"”. Um dia não são dias e o Natal deverá ser considerado a grande excepção anual, mas para esta permissão é necessário que se tenha cuidado na alimentação durante o resto do ano.”
Neste contexto alguns truques para diminuir um pouco a ingestão calórica podem ser:
-“Não irem para a mesa com fome, optando por comer uma peça de fruta acompanhada por uma bolacha ou pedaço de pão, uma hora antes da refeição.”
-“Atendendo a que as refeições são prolongadas e em família, mastigue devagar, evitando estar sempre a comer.”
-“Retire a pele do bacalhau, não abuse do azeite, apesar de ser uma gordura saudável;”
-“ Prefira o vinho tinto e evite misturas e bebidas brancas hiper calóricas e alcoólicas, como o whisky e a aguardente.”
Assim, esta é uma "altura de risco para entrar em função o mecanismo psicológico – ´perdido por cem perdido por mil´". A moderação e actividade física são boas formas de ajudar.

Adaptado de: http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?article=314009&visual=26&rss=0

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Educação alimentar

No âmbito da educação alimentar apresentamos este video, onde podemos encontrar algumas estratégias de actuação com o objectivo de mudar os comportamentos alimentares das crianças. Podemos ainda ter acesso aos testemunhos destas após a actuação, dando-nos uma ideia da capcidade de persuasão destas estratégias.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Info directo: DIA MUNDIAL DA DIABETES

"A diabetes é uma doença crónica que se caracteriza pelo aumento dos níveis de açúcar (glicose) no sangue e pela incapacidade do organismo em transformar toda a glicose proveniente dos alimentos. À quantidade de glicose no sangue chama-se glicemia e quando esta aumenta diz-se que o doente está com hiperglicemia. Em Portugal, calcula-se que existam entre 400 a 500 mil pessoas com Diabetes."




Hoje, no Dia Mundial da Diabetes surgiram boas notícias para os doentes. A partir de Janeiro, o Governo vai comparticipar a 100% duas terapias: a insulina de acção lenta e a terapêutica com bombas infusoras, uma medida que vai beneficiar entre 20 a 30 mil doentes nos próximos anos."




Fonte:http://sic.sapo.pt/online/noticias/vida/Luta+contra+a+diabetes.htm(onde pode obter mais informações)


Consulte também o site http://videos.sapo.pt/search.html?word=diabetes onde pode ter acesso a várias notícias sobre a diabetes. De entre as quais destacamos: http://videos.sapo.pt/ImSnhnIZwUomAujZhA7R




domingo, 11 de novembro de 2007

Simplificação, complexificação?

De facto, quando se comunica sobre alimentação e nutrição, tenta-se transmitir a informação da maneira mais simples possível de forma a que as pessoas a percebam e possam assim efectuar melhores escolhas.
Nesta perspectiva, surgiram alguns programas que têm como objectivo informar os consumidores sobre as escolhas mais correctas.
O “
Programa Escolha Saudável” é uma ajuda para qualquer pessoa que queira optar por produtos mais saudáveis, mas que não saiba ou não tenha tempo para analisar os rótulos, assim, este programa permite uma fácil identificação dos produtos mais saudáveis, em especial para a saúde cardiovascular, através da utilização de um logotipo nos respectivos produtos.
Com uma ideia um pouco semelhante, surge “
Programa Rituais” que consiste na transmissão de uma série de “rituais” de vida saudável. Este programa fornece informação de como ter uma boa alimentação, bem como uma série de práticas (actividade física, técnicas de relaxamento,...) que contribuem para melhorar a saúde e viver em pleno bem estar físico e mental. No entanto, este programa surge como uma iniciativa de marketing, o que não é o melhor começo, por outro lado refere-se ao alimento como um alimento que se “revê” num estilo de vida saudável, não sendo necessariamente um alimento saudável, o que pode induzir as pessoas em erro. Pode ainda levar o consumidor a ingerir maiores quantidades na ideia de que se é saudável pode-se consumir sem restrições ou que quanto mais se consumir melhor.
Na nossa opinião, estes programas seriam uma boa iniciativa e um passo para tentar combater os erros alimentares da actualidade, uma vez a sua finalidade é incentivar e ajudar as pessoas a fazerem melhores escolhas alimentares, e a adoptarem estilos de vida mais saudáveis. No entanto têm de ser programas bem planeados e pensados ao mínimo pormenor, devendo possuir informação de forma simples, acessível e que pode ser compreendida por toda a população, programas que não tentem vender nada e cujo único objectivo deverá ser educativo.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Após um período de reflexão acerca da renovação dos rótulos, deixamos aqui a nossa opinião

Actualmente tem vindo a notar-se um esforço crescente por parte, não só, mas também, dos nutricionistas, no sentido de permitir um acesso maior e mais fácil a informações verdadeiras relativas à alimentação, de certo modo para contrapor a diversidade de informações com que as pessoas são bombardeadas diariamente, muitas das quais falsas, distorcidas ou utilizadas incorrectamente.Neste sentido, os esforços começam a dar frutos, um dos quais é esta renovação dos rótulos, que na nossa opinião, fornecem uma informação importante para que os portugueses tenham um acesso directo ao valor nutricional do produto, não sendo necessário fazer cálculos (o que muitas vezes levava o consumidor a não pensar no assunto), algo que permite ter uma alimentação variada e equilibrada.Em suma, achamos que é uma renovação que vai permitir ao consumidor fazer escolhas de uma forma mais consciente e fácil, sabendo então o que está a consumir e quanto deve consumir.

INFO AJUDA

O seu filho não come fruta? Não come vegetais?
Apresentamos aqui um pequeno vídeo, onde lhe serão dadas, por uma nutricionista, algumas dicas para contornar a situação.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

“Estará a UNILEVER a ser hipócrita ou é apenas um serviço que presta à sociedade?”

Se analisarmos o vídeo em si, pode-se dizer que este transmite uma situação real e merecedora de grande atenção por parte da sociedade. Dá-nos um resumo da situação de forma simples, clara e concisa, com grande capacidade de fazer surtir atenção por parte da sociedade e consequentemente ajudar a mudar comportamentos no sentido de serem mais críticos e activos relativamente à publicidade e outros meios de persuasão, protegendo as crianças da manipulação muitas vezes disfarçada e que pode ter consequências graves no bem-estar físico e psíquico das crianças.

No entanto, se reflectirmos bem, coloca-se uma questão no mínimo constrangedora: Não será este vídeo mais uma forma de manipular o consumidor?!
Na nossa opinião e no seguimento do que temos vindo a discutir aqui, esta é uma estratégia de marketing, que tem como objectivo criar um vínculo afectivo com o consumidor, isto é, tentar mostrar que é uma marca preocupada com o bem estar do consumidor, dos seus filhos, que está atenta às necessidades destes e que está disponível para os alertar.

INFO DIRECTO: “Sal e açúcar a mais”

Os portugueses ingerem mais sal, mais gordura e mais açúcar do que a restante população!
Um estudo comparativo realizado em Espanha, Bélgica, Itália e Portugal, publicado na revista “Teste Saúde”, comparou 92 produtos de marcas comuns: cereais de pequeno-almoço, iogurtes, gelados, chocolates, aperitivos à base de batata, pratos preparados e menus da cadeia McDonald's, analisando o peso e a composição nutricional, nomeadamente a quantidade de gorduras, de açúcar e de sal.
Este estudo chegou à conclusão que em Portugal a grande maioria dos produtos alimentares em comercialização têm mais gordura, sal e açúcar do que nos mercados dos outros países incluídos no estudo. Alguns dos resultados observados foram:
- Em Portugal os hambúrgueres da McDonald`s têm mais 20 a 30% de gordura e mais 30% do sal;
- Os mesmos cereais de pequeno-almoço apresentam quase o dobro do açúcar, por exemplo os cereais Weetos que apresentam mais 50% de açúcar do que na Bélgica, enquanto que o chocolate Kinder Bueno português tem mais 60% de açúcar do que o espanhol.

A conclusão que se pode tirar é que “o mercado português vende produtos menos saudáveis”. Segundo Sofia Mendonça, responsável pelo trabalho em Portugal, “Em Portugal, os produtos têm mais sal que nos outros países, mesmo em artigos como gelados, cereais e chocolates [mais 15%]. Também têm mais gordura e açúcar.
A desculpa da indústria é que os consumidores exigem os alimentos mais condimentados, mas o estudo demonstra que aceitam ementas mais favoráveis do ponto de vista nutritivo”.
Este estudo chama, também, a atenção para o facto das doses serem cada vez maiores e o consumidor não se aperceber que está a ingerir mais calorias.

Símbolo inovador que rotula os alimentos como saudáveis!

A Choices International Foundation elaborou um símbolo com a intenção de ajudar o consumidor a identificar facilmente os produtos saudáveis, bem como a incentivar as indústrias a melhorar a composição dos seus produtos.
O símbolo foi construído para ser colocado em alimentos que apresentem valores inferiores ou iguais aos seguintes: gordura saturada 13%, gordura trans 1,3% 1,6 mg/Kcal, açúcar adicionado 13% e fibra alimentar 1,3g/100kcal.

Aparentemente, parece ser uma ferramenta inovadora de grande auxílio ao nosso consumidor na opção por produtos saudáveis em detrimento dos outros, no entanto, esquecemos que esta tentativa simplista de rotular os produtos em saudáveis e não saudáveis pode ter alguns aspectos negativos e consequências para a saúde. A seguir enumeramos alguns pontos que nos parecem os mais críticos:
-> O consumidor ao saber que o produto que esta a comprar é considerado saudável, pode subentender que tem características nutricionais benéficas para o organismo e como tal ser induzido a consumir em maiores quantidades do que as necessárias/recomendadas;
-> Dentro dos produtos considerados saudáveis não há uma hierarquização, isto é: um alimento com 1% de gordura trans e um outro com 11% são ambos considerados saudáveis, mas um nutricionista sabe que essa diferença pode ser significativa;
-> Quando dois alimentos como um azeite e uma manteiga que satisfazem os critérios exigidos e que, como tal, serão portadores do símbolo, poderão suscitar no consumidor a ideia de que é indiferente o consumo de um ou de outro, porque ambos são considerados saudáveis, o que, como sabemos não é verdade;
->Poderá levar as pessoas a consumir produtos que não consumiam anteriormente, pois não eram considerados saudáveis. Os consumidores devem ter em conta que o símbolo classifica o alimento dentro doutros da mesma gama, não se pode comparar uma maionese à fruta, apenas maionese com maionese, pensamento este, que pode não ser tido em conta;
->Outro facto é o de que grande parte da população não lê os rótulos ou não os sabe analisar, mas com o surgimento do símbolo o interesse pode diminuir ainda mais. Os rótulos fornecem informações únicas sobre os nutrientes presentes, as quantidades e o valor energético total ou parcial, auxilia também o consumidor com necessidades específicas (patologias, por exemplo), pelo que não deve ser menosprezado.


Assim, concluímos que este símbolo apesar de classificar os alimentos em saudáveis e não saudáveis, contém alguns pontos críticos, como tal, achamos que não é uma boa alternativa, devendo-se apostar em meios que ajudem a interpretar os rótulos, a incentivar o consumidor a consulta-los, e à renovação dos rótulos (ver post publicado anteriormente).

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Mais um exemplo


Para uma melhor compreensão, se necessário, consultar: http://www.cica.com.br/

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Objectivos da publicidade

As estratégias de marketing têm como principal finalidade levar o consumidor a comprar determinado produto. Neste sentido podemos falar essencialmente de três categorias de objectivos:

- Dar a conhecer a existência de um produto alimentar, as suas características nutricionais, um determinado nutriente, o seu modo de utilização e/ou os
diversos produtos comercializados pela marca. Este objectivo pode ser obtido simplesmente através de uma exposição dos produtos; exposição, descrição e possíveis aplicações do produto, mas também através de provas de gustação, ou seja, as promoções que vimos frequentemente nos hipermercados onde nos dão a provar o produto, para que o possamos conhecer.

- Fazer gostar de um produto, marca, empresa, nutrimento, prática alimentar (modificar atitudes ou opiniões, reforçar atitudes positivas);
Por exemplo a publicidade do “Kinder” tem como finalidade levar os consumidores a gostar do produto, para isso tenta criar vínculos emocionais com o produto, apela a momentos únicos passados com a família, associa-o a sensações positivas, momentos de felicidade, etc.

- Fazer agir, ou seja, levar o consumidor a comprar, a aderir ao produto, etc. Na publicidade esta inerente que o produto deve ser adquirido para obter os seus benefícios, um determinado estatuto ou outros factores que levam o consumidor a decidir comprá-lo. Por exemplo na publicidade do “
Nestea”, há a transmissão da ideia de que uma forma de mudarmos para melhor é consumindo “nestea”, realçando a ideia com a expressão “mostra que mudasti”.

Mais uma vez, demonstramos que a publicidade esconde um “mundo oculto” com o objectivo de criar impacto nos consumidores e induzir a aquisição do produto.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

INFO DIRECTO


Todos nós já vimos várias vezes os Simpsons e nos deparamos com esta personagem, bem como o Noddy que tem presente um polícia. Mas será que algum de nós reparou que apresentam uma “barriguinha” bastante semelhante à de uma pessoa obesa?
Por outro lado, temos imagens de bonecas, de fácil acesso na Internet, mas se olharmos bem, os ossos são salientes, as curvas próprias da mulher deixaram de existir, características muito idênticas às de uma anoréctica.
Estas são duas realidades opostas que, apesar de talvez não ser esse o objectivo, podem tornar-se padrões de beleza induzindo as crianças a segui-los.
Neste sentido alertamos os pais para que estejam mais atentos e sempre que necessário ajudem as crianças a interpretar de forma correcta determinados programas e imagens.

Para mais informações apresentamos os seguintes sites:
www.portaldasaude.pt/portal/conteudos/enciclopedia+da+saude/obesidade/default.htm

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

INFO DIRECTO

Renovação dos rótulos dos produtos alimentares
Cerca de 80% dos produtos alimentares poderão adoptar, até ao final de 2008, o novo plano de rotulagem nutricional nas suas embalagens, adiantou a Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA).Segundo o director-geral da FIPA, Pedro Queiroz, o plano para a rotulagem nutricional consiste, na prática, na inclusão no rótulo de um conjunto de novos símbolos azuis que indicam, de uma forma "mais objectiva e transparente, e de fácil interpretação", a informação nutricional do produto.Os novos símbolos azuis não substituem a tabela nutricional, que, de acordo com a lei, tem de ser exibida em todos os rótulos, sendo "uma informação adicional", onde aparecem termos claros para o consumidor como açúcares, gorduras, calorias e sal.A introdução deste plano apresenta ainda como novidade o facto da indicação dos Valores Diários de Referência (VDR) dizerem respeito à totalidade do produto contido na embalagem. "Deixamos de ter um VDR para 100 mililitros quando a embalagem dispõe de 150 mililitros, por exemplo", adiantou Pedro Queiroz, acrescentando que esta medida permite ao consumidor "abandonar as contas" e "saber, desde logo, o que está a comer naquela embalagem".

Consulte também:

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Leite pode ser naturalmente adoçado por bactéria transgénica

Têm-se vindo a realizar estudos no sentido de obter um leite naturalmente adoçado por uma nova estirpe de bactéria geneticamente modificada, uma vez que esta permite converter a lactose em glicose nos produtos lácteos., Assim, pode ser um passo para acabar com a necessidade de adicionar açúcar e outros adoçantes aos produtos lácteos, sendo que tem também implicações ao nível da intolerância à lactose porque, ao converter a lactose em glicose, o teor de lactose no produto final é significativamente reduzido.
Apesar dos produtos que utilizam esta estirpe necessitarem, ainda, de ser aprovados pelas autoridades da União Europeia, encontramos neste produto características que encerram duas realidades muito delicadas na sociedade actual, uma relativa aos produtos geneticamente modificados e outra ao consumo excessivo de açúcar.
Neste contexto colocam-se várias questões:
1. Como consumidor assíduo de leite, mas que acha que faz um consumo excessivo de açúcar, consumiria este produto apesar de ser geneticamente modificado?
2. Como defensor da luta contra a produção de alimentos geneticamente modificados mas intolerante à lactose, consumiria este produto, tendo em conta que era um dos seus maiores desejos (beber leite)?
3. Como intolerante à lactose, consumiria este produto?
4. Como nutricionista recomendaria este leite no sentido de ajudar a diminuir o consumo excessivo de açúcar, sabendo das questões colocadas em relação aos produtos transgénicos?

Baseado no artigo publicado em http://www.qualfood.com/index.php?option=noticia&task=show&id=1548

Refrigerantes intitulados de água

Actualmente no nosso mercado encontramos com facilidade uma vasta gama de bebidas intituladas de “águas” com sabores (limão, maçã, framboesa…). As várias empresas justificam a sua produção como sendo um meio das pessoas criarem o hábito de beber água e substituirem os refrigerantes.

Mas até que ponto podem ser consideradas águas?

Como sabemos para estabelecer um equilíbrio e bem-estar deve-se consumir cerca de 1.5l ou 2l de água por dia. No entanto, se optarmos por “águas” de sabores que apenas tenham 4kcal (pois há águas de 19kcal) por 100ml, verificamos que ao consumir 1,5L estamos a obter 60kcal, o que com uma água pura não acontecia, para além de que têm aditivos, conservantes e adoçantes, características que nos levam a inclui-las no grupo dos refrigerantes.
Contudo, é difícil por vezes tomar uma posição definida, pois algumas pessoas querendo evitar o consumo de refrigerantes, optam por uma “água” com sabor a fruta em vez de água insípida, pensando que estão a fazer uma escolha saudável.

Neste contexto deixamos aqui uma pequena sugestão, se não gosta de beber água natural, pode sempre fazer um chá sem açúcar, obtendo assim um sabor agradável e mais saudável.

Perante a diversidade de produtos alimentares, qual a posição do nutricionista?

Quando se comunica sobre ciência pode-se tomar várias posições, uma posição política, económica, de conhecimento, etc.
O nutricionista é uma pessoa que tem que comunicar sobre ciência e como tal tem que escolher uma posição em relação ao que comunica.
Seguidamente, apresentamos um exemplo, para que se perceba melhor o que queremos dizer:
Uma criança que não gosta e que não come fruta, consulta um nutricionista.
Neste caso, o nutricionista deverá incentivar o consumo de fruta, tentar mostrar à criança que esta é fundamental e insubstituível. Mas caso esta não demonstre vontade de mudar, o nutricionista deverá procurar outras alternativas, outros alimentos/produtos que de algum modo compensem a falta desta? Por exemplo, na publicidade do compal essencial (http://www.youtube.com/watch?v=yPR3EBRaxHc ,referência meramente exemplificativa) subentende-se que a ingestão deste é equivalente a comer uma ou mais peças de fruta (na embalagem de um compal essencial de morango afirma-se que este equivale a sete morangos).
Que posição deverá um nutricionista, numa situação como esta, adoptar? Aconselhar o consumo de produtos como este, apesar de saber que não é exactamente a mesma coisa que comer uma peça de fruta?
Como podemos ver, neste caso o nutricionista pode tomar varias posições, terá que avaliar os pós e os contras, não esquecer que cada caso é um caso e tendo isso em conta tomar a melhor decisão para o paciente.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Saber mais...

No seguimento da publicação anterior, apresentamos aqui um exemplo mais concreto e pormenorizado, com o objectivo de dar a conhecer melhor estas duas correntes (salienta-se que é apenas um exemplo).
Ao aceder ao seguinte site,
http://www.kellogg.pt
, podemos constatar a existência de uma divisão de acordo com o grupo alvo do produto em questão.
A área que tem como título “Fibras” é essencialmente funcionalista, uma vez que tem expressões como “Quando a questão é regular o seu organismo, você não precisa de se preocupar. … trabalha por si e pelo seu organismo, devolvendo-lhe o equilíbrio em apenas duas semanas”; “A fibra que cuida do seu sistema digestivo, …” e nos remete para tópicos e links sobre a funcionalidade das fibras no nosso organismo, “Encontre a resposta a esta pergunta e a muitas outras relacionadas com a importância do consumo de fibras no nosso dia-a-dia.”
Por outro lado, existem áreas mais dedicadas aos jovens e às crianças, sendo estas estruturalistas.
Quando direccionado para os jovens verifica-se uma alusão a conceitos como “adrenalina”, “desportos radicais”, “irreverentes”, “energia”, “estilo”, tendo ainda passatempos com ofertas cativantes, “Queres viver novas experiências? Habilita-te a ganhar…”.
No caso das crianças, a corrente estruturalista adapta-se á faixa etária, usando expressões que nos remetem para um mundo de magia, diversão, fantasia, tais como, “Já te imaginaste aos pulos e na brincadeira como o Coco, a mascote dos cereais …?!”; “Convida os teus amigos para um pequeno-almoço com …e terão momentos muito animados e saborosos.”; e oferecendo brindes e promoções, “Ganha uma viagem em família e descobre toda a magia da Irlanda”.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

O mundo oculto da publicidade

Diariamente, somos “bombardeados” com uma vasta gama de publicidade, que tem como objectivo cativar e influenciar o consumidor nas suas escolhas. Existem diferentes formas de o realizar, uns optam por uma corrente estruturalista e outros por uma funcionalista ou por uma junção de ambas. O critério de selecção da(s) corrente(s) tem como base vários factores, tais como: a faixa etária e sexo do público alvo, as características do produto em causa, …
Neste sentido, a corrente estruturalista é aquela que dá menor ou nenhum valor às características nutricionais do produto e procura a atenção do consumidor através de:
- passatempos
(http://www.youtube.com/watch?v=e4SQT8epHOc ) ;
- “glamour” e estilo de vida ideal
(http://www.youtube.com/watch?v=uuNo3skQt8k).
Por sua vez, a corrente funcionalista caracteriza – se fundamentalmente pela valorização das características nutricionais do alimento em causa, realçando a existência de determinados compostos benéficos e as suas vantagens sobre as funções do organismo.
Exemplos de alguns produtos que optaram por esta corrente são:
- http://www.vegetaiscompal.com/
Em suma, a corrente estruturalista remete para a integração social e para um determinado estilo de vida, por sua vez a corrente funcionalista tem como base a promoção da saúde, sendo que o objectivo de ambas é levar à compra do produto.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

"Porque será que se comunica tanto sobre alimentação?"

A alimentação é a base da nossa sobrevivência. Desde os tempos mais remotos que o homem tem necessidade de classificar os alimentos como bons ou maus, isto é, os que são seguros e os que podem levar á morte. Muitos dos conhecimentos eram adquiridos por experiência própria e/ou pela observação.
Os tempos foram evoluindo e na sociedade actual a alimentação é um tema frequente em quase, ou mesmo todos os meios de comunicação (revistas, TV, panfletos…).
As pessoas têm vindo a sentir maior necessidade de dialogar sobre a alimentação por vários motivos, de entre os quais se destacam:

- Ser uma fonte vital, que exige ser programada diariamente;
- Estar muitas vezes associada ao prazer pessoal ou do grupo em qual o indivíduo está inserido;
- Uma consciencialização progressiva de que o que ingerimos tem uma consequência directa sobre a saúde;
http://www.portaldasaude.pt/portal/conteudos/enciclopedia+da+saude/doencas/default.htm
- A importância dada a imagem corporal que tende a seguir as tendências da moda;
Www.destak.pt/artigos.php?art=3085
- A existência de uma maior oferta alimentar que induz as pessoas a reflectir sobre várias questões (“Qual o melhor?”; “…o mais saudável?”; “Será que o mais barato é o melhor para saúde?” …);
- …

Neste contexto, podemos concluir que apesar da diversidade de factores que nos levam a comunicar sobre a alimentação (religião, moda, publicidade…) o mais relevante é a relação entre alimentação e saúde, pois o número de doenças relacionadas com esta, tem vindo a aumentar, nomeadamente a hipertensão, diabetes, obesidade, DCV(doenças cardiovasculares), etc.

Na compra de um produto o que te influência mais?